Por qual motivo tenha a sensação que viver intensamente uma arte tão poética, é estar perdido em teus olhos, de tal maneira que, meus pensamentos chegam a serem, deveras absurdo, e no meu delírio, repito teu nome, mesmo no meu silêncio sepulcral de uma noite, acabando por despertar-me da ilusão, de estar morrendo abraçado nos teus desejos internos. É no cair do desconhecido, que venho a degustar do sabor de seus lábios, sendo interrogado pelo destino que apresentas-me.
Vou prendendo-me a ti, num pôr do sol de luz, refletindo no incontrolável, o seu ser caridoso, que é responsável pelos os meus sussurros constantes. Sois a luz a sangrar-me quando escrevo por entre linhas, seja implícita ou explícita, e o que mais quero é deixar que tua tempestade iminente de mulher venha a manifestar-se em mim. Arrancar-te assim, de forma a querer romper com teus sentidos por inteiro, é uma maneira de não sucumbir-me nos míticos vestígios que as tua lembranças trazem-me.
Até pelo simples fato, de ser inconcluso os meus manuscritos, por vez cercado de ocultismo, por vez, devastado por um sol poente a qual se revela ser a figura mais bem desvelada: o meu dicionário de tantos símbolos, a qual eu conclamo-te nos mortais devaneios. Acabo por não adormecer em total segurança, debatendo-me, ininterruptamente, no leito em chamas, vendo que pela janela do meu subconsciente, estás lá, sorrindo.
És tu, ó sacerdotisa! Que estais trajada com uma cortina de seda! Tu, que profetizas coisas que minha boca não consegue entender. Sim, vens a ser a prova da existência infinita da "tentação" do querer, onde, de uma época bem remota, surges balançando seu corpo contra o vento insistente, agitando o mar. Por isso, embrenho-me em tuas infinitudes. Tu que renovas como um mistério espiritual, simplesmente dás nova "essência" ao meu sangue, fazendo-me epifanizar o que os olhos humanos não podem enxergar.
Sendo-te musa a qual, sua imagem serve de modelo para que eu a veja em alma, é que percebo o quanto nunca poderei te esquecer, tão pouco subsistir, sem estar perdido em minha loucura. Se ao estarmos num lugar nosso, houver a súbita necessidade de tocar-lhe as mãos, banhadas na delicadeza, será que estaria embriagado nos vinhos que os deuses consomem? Seria uma plena transmutação insondável, misturada ao "encontro angelical", quando o cenário for a temática de tua própria "novela", a de ser para mim, INTERNAMENTE, CAMILA?
Seção - Literatura Clássica

Trago na literatura Clássica, o livro que inspirou as peças de teatro e cinemas. O gótico do que se conhece hoje por "Vampiros".
"Drácula" do romancista, poeta e contista irlandês, Bram Stoker. Nas próximas cartas, este mundo virá à tona com requinte de texto poético, inspiração em sua "Mina", e depois o resumo em partes na seção Literatura Clássica.
Na sexta-feira em que não teremos esta quadro na coluna Além da Verdade, e sim uma poesia, você poderá ler o poema que escrevi, intitulado de "Chamas da Meia-Noite" que fala um pouco, no sentido figurado da palavra, a conexão entre o ser noturno e sua donzela imortal.
Mas, antes de adentrarmos no vinte e sete capítulos, parte por parte... a introdução sobre o autor e sua obra. Como diz um dos personagens: - "Sangue é vida". E atrevo-me a dizer também que, o sangue é a essência da humanidade. A alma em sua essência materializada, complexa, e ao mesmo tempo, "oculta", "mística" e mágica". E nisso, deleitem-se com o 6º estrofe do meu poema sitado acima:
Eu a sombra da noite a sentir teu pulsar,
Do pescoço, a deslizar, como deleite a tocar sentidos,
Que estejam à espreita com tanta intensidade,
Que observo-me ser parte dos uivos dos lobos?"