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Ricardo Oliveira


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CARTAS & ROMANTISMO: SUBSTÂNCIA PARA O CAMINHO


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Foto: Reprodução

Seção - Cartas

SUBSTÂNCIA PARA O CAMINHO


Olá, minha leitoras! Hoje, o seu Orfeu vai trazer esta linda carta, onde a musa especial, proporciona para esta pobre alma, a conexão entre o ser consciente (sua mente) e a minha arte de versar. Venham comigo para esta fabulosa leitura de SUBSTÂNCIA PARA O CAMINHO:

AQUELA QUE É COMO AVE !

Sois como um tesouro encontrado numa cidade tão esplendorosa que é impensável o quanto deixa-se transparecer da arte memorável da mente humana. Se sou com as palavras, a alma que entrelaça-se com o desconhecido, sois, da mesma forma com tudo o que tange o ser humano e sua consciência. Despertas para o místico sol, e vejo-te um dos mais complexos textos já escritos. O que autores como Shakespeare, Homero, Goethe, Machado de Assis, e até o erudito de toda as facetas do heterônimos, o poeta
Fernando Pessoa, ou até mesmo Camões, diriam referente a tua formosura e docilidade constante na dama que és, de épocas tão remotas, as vitorianas?

Ou, penso eu, que poderias ser a Lucy, uma das personagens da literatura clássica, Drácula de Bram Stoker? Será que assim como ela, andarias sonâmbula pelas ruas de Curitiba, manifestando o "poder" que trazes de inspirar novas histórias novelistas, e poetas e missivas dos quais eu como autor, poderia descrevê-la com tanta genialidade?
Incomparável, e sem tamanho, vens sendo um dos meus livros intraduzíveis, mas que ao tentar contemplar-te de maneira oculta, teus lábios envolve-me de versatilidade de minha teorias, e tua face reflete os traços de meu corpóreo, a morada da literatura.

Saiba que teu olhar fala! Sim, diz tantas coisas que acabo por mencionar-te em meu diário pessoal, este que acompanha-me a vida existencial, e todos os pormenores de que disponho a confidenciar. Nutres os pensamentos com teus longos cabelos, fazendo-me desejar cada vez mais, uma gota que seja do teu vasto mundo, para acrescentar no meu. Como pode ser esta eternidade e imortalidade na infinitude, se pararmos para pensar, em como as "musas" são elos de culturas variadas? Kauany, quando o anoitecer chega, é quando o amanhecer estará breve.

Sussurras de alegrias os meus versos e minhas leituras, de forma a brilhar como as estrelas, e resplandecer como o luar. Mistério é pouco para entender-te. Circunstâncias levam-me até a ti, como névoa de Chamas da Meia-Noite, ou como alguém que necessita de lampejos para canalizar o que é essencial a sua carreira literária: A SUBSTÂNCIA PARA CAMINHO DA ELEVAÇÃO DO ESPÍRITO. Quero, pois, trocar ideias contigo, a possibilitar o meu crescimento, enquanto sujeito e intelectualidade, assim, tornando-me mais humano. Já diz Levinas: "A ideia do infinito é o modo de ser a infinição do infinito. O infinito não existe antes para se revelar depois".
Transas com veemência, o encantamento que tenho por tudo o que fazes, tal qual tenho pelo Jardim Botânico, presente em suntuosidade e cartão postal da capital paranaense. Sim, com seus lagos, e outros atrativos dos quais sou impelido a visitar e revisitar nos meus roteiros. Abrigas em si mesma, o "inusitado" o "irável", e, "a perplexidade", que guia-me até o nível místico do cosmo, através da perfeição de sua deslumbrante cosmovisão, a qual vens a ser a imagem e semelhança do divino.

Seção - Literatura Clássica

INTRODUÇÃO A DRÁCULA


Como é bom estarmos falando desta obra-prima vitoriana a qual estou entusiasmado a cada noite de todos os tempos, debruçar-me na leitura e, dela escrever cartas e a Série de Poemas Góticos: CHAMAS DA MEIA-NOITE. Se não conhecem, faço votos que experimentem as duas leituras. Na introdução a Drácula de Bram Stocker, é necessária, sabemos, de antemão, sobre o seu autor.

Bram Stoker permanece atemporal como sua escrita, o romance, a qual abriu-nos os caminhos da sabedoria de um dos personagens mais icônicos dos cinemas, teatros, séries: a ficção imortal e imortalizada de Conde Drácula. Ele é irlandês, que também escreveu poemas e contos. Nascido em 1847, e tendo falecido em 1912, foi considerado um dos expoentes mais importantes dos escritores góticos de sua era.

Sua cidade natal, Dublin, na Irlanda, nos presenteou com este maravilhoso autor. Filho do funcionário público Abraham Stoker e de Charlotte B.Thornley, foram membros da Igreja da Irlanda da paróquia de Clontarf, era ele o terceiro dos sete filhos do casal. Nisso vamos deslizar-nos na obra Drácula.
Com este romance, um novo capítulo ia-se tecendo. Não foi ele quem descreveu o primeiro vampiro literário. Seu manuscrito, datado na década de 1890, fora extraído da história e do folclore da Transilvânia. Enquanto estava de férias em Whitby, encontrou o nome Drácula na Biblioteca pública da cidade, e então decidiu usá-lo, porque acreditava que significava "diabo" em romeno.

A história de Drácula começa com o advogado inglês recém-formado, Jonathan Harker, em visita ao castelo do Conde, nas montanhas dos Cárpatos, na missão de ajudá-lo a comprar uma casa que fosse perto de Londres. Ao não atender aos avisos de Drácula, ele iniciou a sua jornada em percorrer o castelo, encontrando assim, as três mulheres vampiras, noiva do noturno. Drácula resgatou Harker, que viu-se horrorizado o vampiro entregar um bebê às mulheres, amarrado numa bolsa. Dias depois, ele conseguiu fugir e foi internado no hospital em Bucareste. Nesse meio tempo, Drácula estava a caminho da Inglaterra no navio chamado Deméter, que encalhou na costa de Whitby somente com o capitão vivo, mas em estado catatônico.

Leitoras, e claro, leitores, escrito esta obra em forma de diário, epístola e recorte de jornais, nos faz pensar em como ela se encaixa no nosso imaginário, e nos dias atuais.
Venham conhecer os mistérios deste livro.


Seção - Mistérios & Poesias



Poemas Góticos, sombrios, Sobrenatural, Místicos. Inspirado na clássica literatura vitoriana de Bram Stoker: Drácula. A junção do do eu lírico na transcendência de si próprio e de uma musa convidada. A voz da meia-noite e a simbologia dos lobos.
 

POEMA 1: CHAMAS DA MEIA-NOITE


Oh olhar longínquo, tu que atiras-me as profundezas,

De um lugar tão desconhecido quanto sei que estou!

Complexo demasiado sois como a canção gótica e,

A literatura vitoriana de pano de fundo de Stoker.

Encontro-te quando estás ausente,

E meu verso já não mais consiste na sua perfeição,

Que de tempos em tempos muda seu caráter e,

Vem a ser apenas um noturno comigo, agora!
Meu corpo declama-te sem juízo,

E como pacto, dominas-me inteiramente.

Mesmo que recuses a minha voz, não vou,

Desistir, pois sempre para mim, a paz serás.
Sim, és, contudo, a donzela imortal,

Sem ser uma que vem a vagar por aí.

Enquanto sou a alma perdida e também,

Um caminho inverso ao seu a qual escolhera.
Uma memória ressurgente!

Ouvindo as batidas de um coração partido.

Mas, dormindo envolve-te de um eterno sonho,

E desta forma, abrir-me-ás para o teu "ocultismo".
Como não poderias ser a "Mina" e,

Eu a sombra da noite a sentir teu pulsar,

Do pescoço, a deslizar, como deleite a tocar sentidos,

Que estejam à espreita com tanta intensidade,

Que observo-me ser parte dos uivos dos lobos?!
E o sangue da vida num cálice de prata,

Gotas da essência feminina de uma versão contada e,

Onde roubas-me para si, com as cordas vocais suaves,

Arrancando de mim, todas as palavras ditas e as que não foram.
Consomes-me, tal qual as chamas da meia-noite, das lamparinas,

Cujo século denota a razão para poder vir a usá-las.

E, então, querida! De aristocrata fiz-me teu prisioneiro,

Que por incerto, não sei direito, qual final estar a esperar-me.



Seção - Citações & Significados




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Sobre Ricardo Oliveira

Professor

Escritor, poeta, colunista, novelista, romancista policial, cientista da religião, especialista em Docência e Gestão Em Tempo Integral, professor, trilheiro. Enófilo de vinhos. Em 2018, teve as suas poesias declamadas na Rádio Massa FM 98.7 de Florianópolis, e segue ainda visitando. Faz parte de várias Academias de Letras, sendo membro correspondente e embaixador, integrante da Equipe Editorial Ediart da AIAP - Academia Intercontinental de Artistas e Poetas - Brasil, sede em São Luís do Maranhão. Participa de várias antologias, e autor de livros.

Quintas-feiras: Novelas / Sextas-Feiras: Cartas & Romantismo


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Uma coluna cheio de beleza, cujo versos são sentidos e significados para a manifestação da humanidade, as novelas trazem as tramas de seus personagens, e missivas a alma literária.


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